terça-feira, 28 de junho de 2011

Proposta de Redação #01

Vou postar aqui minhas redações, afinal aprimorar minhas habilidades escritas e de comunicação foi o objetivo de criação desse blog.

Proposta:
Em um texto dissertativo-argumentativo, discuta o seguinte recorte temático:
Estragos causados pela chuva: problema sem solução ou desinteresse governamental?

Uma fração da população brasileira sofre constantemente com catástrofes causadas pela chuva, principalmente em áreas de maior desenvolvimento urbano, por ocupar áreas de risco, impróprias para moradia, reflexo de uma carência de política habitacional no Brasil.

Nos grandes centro urbanos, a busca por uma ascensão econômica e social é intensa e acontece há muitos anos, levando a um crescimento populacional desenfreado. As grandes cidades, despreparadas para receber o enorme contingente de migrações, marginalizam aqueles que vêm em busca de emprego e melhores condições de vida, acarretando a ocupação clandestina de áreas geograficamente acidentadas e impróprias para moradia, como é o caso das encostas de morros.

Conclui-se a partir de tal análise acerca do tema que os estragos causados pelas chuvas não têm caráter meramente de desastres naturais: é consequência de um problema socioeconômico antigo e que necessita de atenção especial das autoridades, uma parceria entre os governos municipais, estaduais e federal, a fim de realizarem um programa de reabitação das famílias que hoje correm risco de morte e não têm condições de, sozinhas, se safarem de tais adversidades.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ética e Política: uma visão maquiavélica

Antes de mais nada, é importante esclarecer que maquiavélico não tem, aqui, sentido pejorativo. Está relacionado ao ponto de vista sob a obra de Nicolau Maquiavel, O PríncipeDissertação a partir do texto Ética na Política? Da ingenuidade dos céticos ao realismo maquiavélico1.


Como escreveu Maquiavel, toda sociedade é constituída pela divisão entre o desejo dos grandes de oprimir e comandar e o desejo do povo de não ser oprimido nem comandado. Quanto à guerra, com a qual os vencidos se tornam escravos dos vencedores e o poder econômico, social, militar, religioso e político se concentra ainda mais em poucas mãos, não está restrita apenas ao contexto histórico da obra de Maquiavel nem mesmo apenas às guerras armadas, mas também às “guerras” sociais que ocorrem diariamente, onde aquele que ostenta o poder, o político, prima por conservá-lo, muitas vezes apenas pelos benefícios lícitos e ilícitos de sua posição social, abstendo-se de seu dever para com o povo, colocando os interesses individuais acima dos interesses coletivos, do bem comum.

Esse tipo de atitude é desfavorável à democracia, uma vez que, segundo a constituição brasileira, contrário ao pensamento de Maquiavel, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos. Não vivenciamos um processo eleitoral benéfico à sociedade, ainda que democrático, uma vez que a população é manipulada ideologicamente de muitas formas: através da mídia, campanhas publicitárias e corpo-a-corpo eleitoral, entre outras. Além disso, priorizar os benefícios individuais abrindo mão do bem comum não é característica exclusiva dos políticos: muitos eleitores veem em determinados candidatos, através de compra de votos ou troca de interesses, a oportunidade de se beneficiarem, independente das consequências negativas que tal atitude possa vir a causar à sociedade.

Conforme dito por Antônio Ozaí em seu texto, a política, sendo ela instrumento para manutenção de uma vida justa e feliz, é inseparável da ética. Contudo, só existirá uma política ética conforme exista moral entre os eleitores, retomando o conceito de bem comum. É como um círculo vicioso: uma sociedade egoísta e corrupta só elegerá representantes egoístas e corruptos, e esses irão agir sempre para manutenção dessa situação, atitude descrita por Maquiavel de que “os fins justificam os meios”. 

1 Por ANTONIO OZAÍ DA SILVA - Docente na UEM e doutor em Educação pela Universidade de S. Paulo. Texto disponível em http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/etica-na-politica-da-ingenuidade-dos-ceticos-ao-realismo-maquiavelico

sábado, 9 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Falta de professores #02

Notícia retirada do site do Ifes:

Qua, 06 de Abril de 2011 14:16 
Atenção, abrir em uma nova janela. PDFImprimir
Na reunião, foram discutidas algumas dificuldades enfrentadas pelas instituições federais de educação profissional nesse primeiro trimestre de 2011. Além da mudança de governo, que trouxe várias implicações para a gestão atual, há ainda a falta do estabelecimento definitivo dos quantitativos dos bancos de professores e de técnicos-administrativos.   
O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) se reuniu com o ministro da Educação, Fernando Haddad, na sexta-feira (1/04). Nessa reunião, o reitor do Instituto Federal do Espírito Santo, Denio Rebello Arantes, vice-presidente do Conif, esteve presente no evento.
De acordo com o reitor do Ifes, o ministro esclareceu que já há previsão de novos provimentos de vagas para professores e técnicos-administrativos em duas etapas, nos meses de abril e julho, que são novas vagas a serem acrescidas aos bancos.
Foi debatido ainda o impedimento de contratações para reforma, aluguel de imóveis, aluguel e aquisição de veículos. O Conselho também solicitou revisão da situação dos institutos no que diz respeito ao Decreto nº 7.446, de 1º de março de 2011, que estabelece um corte de 50% em concessão de diárias e passagens, em relação ao valor gasto no ano de 2010.
Outro ponto discutido foi a suspensão temporária da contratação de professores substitutos, que tem deixado alunos sem aula em todo o Brasil. Na verdade, por solicitação do Ministério da Educação - MEC, estão sendo feitas alterações no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SIAPE. Estão sendo realizadas adequações no sistema, que serão concluídas ainda neste mês de abril, para atender ao decreto que amplia de 10% para 20% o limite para contratação de substitutos. Tendo em vista que a contratação de professores substitutos é um serviço essencial, os problemas de cadastro e pagamento serão resolvidos na próxima folha.
Antes dessa reunião, foram realizadas duas reuniões prévias com o ministro Fernando Haddad e uma com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Piadas Infames de minha autoria #01

Como sou um ótimo piadista e tenho o orgulho de criar minhas próprias piadas, julgadas erroneamente por alguns como sem-graça, postarei aqui esporadicamente algumas piadas que com muito orgulho compartilho com os que comigo convivem.

P: Por que o fio de cobre não queria entrar pro exército?
R: Porque ele não queria ser soldado.

Se você não rir, não tem senso de humor.

sábado, 2 de abril de 2011

Falta de professores #01

Antes de mais nada, peço desculpas pelo longo tempo sem postar. Os estudos andam me consumindo.


Eu, aluno do IFES Campus Vitória (antigo CEFETES, que já fora ETFES e, num passado distante - quando tio Anísio era adolescente - Escola de Aprendizes Artífices), estou desde o começo do semestre letivo, cerca de dois meses atrás, sem professor das disciplinas de Segurança do Trabalho e Comandos Elétricos. No sétimo período do curso, não é a primeira vez que minha turma passa por esse tipo de problema.

3º período - 2009/1
Logo no início do período letivo, a professora de Química III deixou de integrar o quadro de professores da instituição, e o processo para remanejamento de carga-horária dentro da coordenadoria de Química durou mais de um mês, tempo no qual ficamos sem aula da disciplina.

4º período - 2009/2
A professora de Informática Aplicada, depois de cerca de um mês de aula, deixou de frequentar as aulas sem que a escola nos desse uma posição concreta do motivo. Além disso, não nos foi oferecido nenhum professor interino para reposição das aulas e, com apenas uma prova nas primeiras semanas de aula, os alunos foram aprovados. Foram lançadas aulas "fantasmas" no sistema acadêmico, e ainda assim as mesmas não cumprem a ementa obrigatória da disciplina. Tais fatos venho tentando provar junto a escola, mas é algo difícil de se obter do IFES, tamanha sua desorganização administrativa.


5º período - 2010/1
Mais de um mês sem professor de Química V, uma professora que saiu da nossa turma após duas semanas de aula, para só então termos um professor definitivo.


7º período - ATUALMENTE
Como fora dito anteriormente, mais da metade do período letivo se passou, e agora fomos "presenteados" com não apenas uma, mas duas disciplinas sem professor. Justo agora, na reta final, em que estamos nos preparando para o Vestibular, quando dividimos nosso tempo entre o Ifes e as aulas do pré-vestibular, tanto durante a semana quanto aos sábados, surge a necessidade de reposição de aula devido ao atraso na contratação. Contratação que sequer ocorreu. Em conversa informal com Ricardo Paiva, atual diretor do Campus, ocorreu na última sexta-feira uma reunião com o MEC que definiu a liberação de verba para contratação de professores. Mas outro problema, apontado tanto pelo diretor quanto pelo coordenador de curso, Hans Rolf Kulitz, é a baixa demanda de professores para preencher os cargos pleiteados pelo concurso.


Novamente, nossa turma foi prejudicada quanto ao quantitativo de professores da escola. O que parecia ser conspiração, nada passa de incompetência administrativa. De quem? Bom, nunca vi um Cristo nessa escola que tenha se colocado na cruz: A culpa é sempre da burocracia, da falta de verba, dos poucos professores disponíveis no mercado, do Ministério da Educação... de uma coisa estou certo: não é dos alunos. Em 2011, existem 15 campi no estado, fruto de pura politicagem, trazendo como consequência o sucateamento da minha querida escola.

Eis a matéria publicada pelo jornal A Gazeta, em 29 de março de 2011:
Ifes: alunos sem aula e dez no boletim?

As aulas já começaram, mas os alunos do curso de Eletrotécnica do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Vitória, dizem que estão sem professores. E a encrenca é antiga. No semestre passado, por exemplo, não houve aula de Informática. Mas veja só: mesmo assim a nota surgiu no boletim, como num passe de mágica, e todo mundo tirou dez, segundo Daniel Pompermayer, aluno do curso. Agora eles estão sem aulas de Comandos Elétricos e Segurança do Trabalho, e temem que mais notas fantasmas surjam por aí.
O Ifes, porém, nega a falta de professores de Informática e diz que desconhece a informação das "notas fantasmas".[1] Mas convenhamos: um aluno não reclama de um dez à toa...
A escola reconhece que não há professores de Comandos Elétricos e de Segurança do Trabalho, mas afirma que o processo seletivo para a contratação de substitutos está em fase de conclusão.[2] Que o processo seja longo, pode até ser, mas não dá para elaborar um plano de emergência para que os alunos comecem as aulas com o professor em sala de aula? É o mínimo, gente!

Para piorar, os laboratórios do curso estão interditados há três anos, segundo Daniel. De novo, o Ifes promete: neste ano, um novo prédio será construído para abrigar todos os laboratórios. Enquanto isso, eles funcionam em um pavilhão.
Aluno sem professor no início do período letivo é coisa séria. Esperamos que eles não sejam prejudicados - se é que já não foram. Estamos de olho!
E a gente é obrigado a ler esse tipo de coisa... é impressionante como a escola tem a capacidade de mentir sobre informações de tamanha relevância.

As eleições para novo Diretor-Geral estão vindo: Ricardo vs. Hans. Mudança ou estagnação, eis a questão.

nota: Agradecimentos ao Daniel Pompermayer, companheiro de sala, que tomou a iniciativa de entrar em contato com a imprensa.

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